terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais uma polêmica, mais uma interdição!


O livro “Heroísmo de Quixote” — registrado com o número 4.869 na biblioteca da Escola Municipal Benedito Ottoni — deixou as estantes do colégio no Maracanã, após uma discórdia que acabou indo parar na delegacia. A mãe de um aluno do 6º ano ficou revoltada com o fato de o livro, que fala sobre sexo, drogas e prostituição e é recheado de palavrões, ter sido dado a seu filho, “uma criança de 11 anos”, na sala de leitura. (...)

A escritora gaúcha Paula Mastroberti, autora de “Heroísmo de Quixote”, trabalha o livro em escolas públicas da Região Metropolitana de Porto Alegre. A iniciativa faz parte de uma parceria com a Câmara Rio-Grandense do Livro. Mesmo assim, a autora reconhece que nem sempre o livro é aceito em sala de aula.

— Em alguns casos, os professores têm medo de levar o livro para a sala de aula porque não se sentem preparados. Se uma criança tiver dúvida, o professor deve responder numa linguagem que ele entenda. Mas não me sinto qualificada para saber quem deve ou não ler.


O livro “Heroísmo de Quixote”, que em 2005 ficou em segundo lugar na categoria melhor livro juvenil do Prêmio Jabuti, é uma recriação feita a partir da obra de Miguel de Cervantes y Saavedra.


— Às vezes, as pessoas acham que os jovens não precisam saber da violência, porque podem ser contaminados. O problema não é o livro. O problema é a relação entre adultos e crianças — assinala Paula Mastroberti.

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Fonte: matéria de Herculano Barreto Filho. Leia o restante clicando aqui.