Desde as placas de argila da epopeia de Gilgamesh no século VIII a. C., passando pelo trabalho de escribas e copistas, chegando à revolução de Gutenberg a partir de 1439, ao crescimento e expansão dos meios de reprodução do texto escrito e, por fim, até mesmo à tela do computador, a humanidade tem buscado, utilizado e enfrentado (em termos de reflexão e compreensão) as possibilidades midiáticas do texto escrito. Nessa evolução, os desdobramentos que se verificam não se limitam a questões de tecnologia ou ergonomia. As mudanças de mídias implicam em modificações mais profundas, com reflexos em nossa concepção do objeto, da arte e mesmo do produtor dessa arte. Da placa de argila até o tablet, muda não apenas o veículo e o texto: muda, com eles, o próprio ser humano.
Por isso, em nosso primeiro momento de nosso novo curso de extensão, “As revistas literárias e sites de escritores no ciberspaço: como usar na escola?” vamos discutir a natureza e as implicações da evolução de mídias, destacando um aspecto em particular: o modo como a transposição midiática obriga-nos a compreender em profundidade as modificações pelas quais passam nossos objetos de estudo, os textos. Para provocar nossa discussão, tomemos como ponto de partida o vídeo abaixo, “Do papiro à tela do computador”, interessante programa da série Livros ETC. Da TV Escola. O vídeo está disponível no Domínio Público:
Por isso, em nosso primeiro momento de nosso novo curso de extensão, “As revistas literárias e sites de escritores no ciberspaço: como usar na escola?” vamos discutir a natureza e as implicações da evolução de mídias, destacando um aspecto em particular: o modo como a transposição midiática obriga-nos a compreender em profundidade as modificações pelas quais passam nossos objetos de estudo, os textos. Para provocar nossa discussão, tomemos como ponto de partida o vídeo abaixo, “Do papiro à tela do computador”, interessante programa da série Livros ETC. Da TV Escola. O vídeo está disponível no Domínio Público:
Além disso, consideremos com atenção a passagem abaixo, de Roger Chartier:
A revolução do nosso presente é, com toda certeza, mais que a de Gutenberg. Ela não modifica apenas a técnica de reprodução do texto, mas também as próprias estruturas e formas do suporte que o comunica a seus leitores. O livro impresso tem sido, até hoje, o herdeiro do manuscrito: quanto à organização de cadernos, à hierarquia dos formatos, do libro da banco ao libellus; quanto, também, aos subsídios à leitura: concordâncias, índices, sumários etc. Com o monitor, que vem substituir o códice, a mudança é mais radical, posto que são os modos de organização, de estruturação, de consulta do suporte do escrito que se acham modificados. Uma revolução desse porte necessita, portanto, outros termos de comparação. (leia o texto completo aqui)
Passemos agora à discussão. Comente, problematize, participe!
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